bluebiotech4pain

Sumário

Objetivos: Estudos anteriores da Sea4Us demonstraram bioatividade analgésica de uma molécula extraída de uma bactéria do mar de Sagres, Portugal. O projecto Bluebiotech4Pain visa optimizar o método de produção biotecnológica desse composto (ou das suas variantes), mantendo ou mesmo melhorando a sua bioatividade, levando ao estabelecimento de um método de produção sustentável em grande escala e ao design da subsequente estratégia de negócio.

Principais acções a desenvolver: As principais acções deste projecto Bluebiotech4Pain incluem uma optimização da produção biotecnológica que é apoiada por síntese química paralela e desenvolvimento de estirpes e processos de fermentação (Atividade 1). Os compostos produzidos são testados por eletrofisiologia e testes in vivo para eficácia, bem como para outras bioatividades e toxicidade (Atividade 2). Em seguida, o método optimizado é levado à escala piloto, ampliando o processo de produção (Atividade 3). Finalmente, isso levará à submissão das patentes relacionadas eao design da subsequente estratégia de negócio (Atividade 4).

O Projecto

O projeto Bluebiotech4Pain visa utilizar recursos marinhos no tratamento de doenças através da biotecnologia marinha: o desenvolvimento de um analgésico de origem marinha para o tratamento da dor crónica, através de um processo de produção biotecnológica industrial.

Estudos anteriores da Sea4Us demonstraram bioatividade analgésica de uma molécula extraída de bactérias marinhas de Sagres, Portugal. A prova de conceito revelou bons níveis de eficácia em modelos animais.

Este projeto consiste na otimização do método de produção biotecnológica desse composto (ou das suas variantes), mantendo ou mesmo melhorando a sua bioatividade, e levando ao estabelecimento de um método de produção em escala e ao desenho da estratégia de negócios. É essencial para levar o programa analgésico da Sea4Us ao mercado: gerar material para a realização dos ensaios pré-clínicos e estabelecer um acordo de licenciamento com uma grande empresa farmacêutica, que irá então concluir o desenvolvimento do medicamento.

As atividades deste projeto incluem:

  • Atividade 1: Otimização da produção biotecnológica, apoiada por síntese química; desenvolvimento de estirpes e do processo de fermentação;
  • Atividade 2: Testagem dos compostos produzidos através de ensaios de eficácia por eletrofisiologia e in vivo, bem como para outras bioatividades e toxicidade;
  • Atividade 3: Ampliar o processo de produção otimizado até à escala piloto;
  • Atividade 4: Submissão de patentes e desenho da estratégia de negócios subsequente.


Neste projeto, a NOVA Medical School (Lisboa, Portugal) irá focar-se em microbiologia e otimização do crescimento, a SINTEF (Trondheim, Noruega) trabalhará no desenvolvimento de estirpes e no aumento de escala do processo de fermentação, a UiT The Arctic University of Norway (Tromsø, Noruega) utilizará a sua experiência em testes de bioatividade e toxicidade, e a Sea4Us (Sagres e Lisboa, Portugal) aplicará os seus conhecimentos de eletrofisiologia e ensaios in vivo, e também de propriedade intelectual e de negócios farmacêuticos.

CONSÓRCIO

NOVA Medical School
UiT - University of Tromso
SINTEF

PROGRAMA EEAGrants

Crescimento Azul

O principal objectivo do Programa Crescimento Azul é aumentar a criação de valor e o crescimento sustentável na economia azul portuguesa. Para além disso, a intenção é aumentar a investigação e promover a educação e a formação nas áreas marinha e marítimas.

O programa contribuirá para o objetivo global de reduzir as disparidades económicas e sociais e reforçar a relação bilateral através do financiamento de diferentes projetos, considerando alcançar cinco resultados nas seguintes três áreas do Programa:

  • Desenvolvimento de negócios, inovação e PMEs;
  • Investigação;
  • Educação, Bolsas de Estudo, Literacia e Empreendedorismo Jovem

 

Os cinco resultados são:

  1. Aumento da competitividade das empresas portuguesas na área do Crescimento Azul.
  2. Apoio à eficiência de recursos nas empresas do setor marítimo.
  3. Melhoria do desempenho das organizações de investigação portuguesas.
  4. Reforço da educação, formação e cooperação em questões marinhas e marítimas.
  5. Maior colaboração entre o beneficiário e os Estados doadores envolvidos no programa.

 

Aproximadamente 70% das despesas elegíveis são atribuídos a “Desenvolvimento de Empresas, Inovação e PMEs”, com especial destaque para as PMEs. Entre as despesas elegíveis do Programa, 30% são reservadas para as componentes que abordam “Investigação” e “Educação, Bolsas de Estudo, Literacia e Empreendedorismo Jovem”.

A sinergia entre os negócios, a investigação e a educação, traduz-se numa abordagem holística permitindo um Crescimento Azul sustentável em Portugal. A investigação apoiará empresas com uma componente de investigação, desenvolvimento e inovação, fortalecendo a sua competitividade no mercado. A componente de educação promoverá a melhoria das habilitações e a conscientização dos recursos humanos para as questões marinhas e marítimas.

Este Programa visa o aumento da criação de valor e o crescimento sustentável, incluindo o crescimento económico marinho e marítimo de longo prazo,a coesão social (em termos de comunidades locais e atividades marítimas) e a proteção do meio marinho.

O Programa contribuirá para os objetivos globais dos EEA Grants, financiando iniciativas para aumentar a competitividade e a rentabilidade das PMEs portuguesas e trazer mais inovação aos seus produtos, serviços e processos. Para além disso, o programa fortalecerá a cooperação entre países doadores e beneficiários, através de projetos conjuntos e parcerias.

O programa conta com uma dotação de cerca de 44,7 M€, em que cerca de 70% será dedicado à área do negócio e inovação.

MAIS INFO EEAGrants

Através do Acordo do Espaço Económico Europeu (EEE), assinado na cidade do Porto em maio de 1992, a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega, são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia.

Como forma de promover um contínuo e equilibrado reforço das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo do Espaço Económico Europeu estabeleceram um Mecanismo Financeiro plurianual, conhecido como EEA Grants, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam financeiramente os Estados membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita, onde se inclui Portugal.


Objetivos dos EEA Grants
 Os dois grandes objetivos dos EEA Grants são:

  • Reduzir as disparidades económicas e sociais no Espaço Económico Europeu;
  • Reforçar as relações bilaterais entre os países beneficiários e os países doadores.